O catalão Salvador Dalí é o autor da exposição que reúne 105 litografias realizadas entre 1963 e 1969. A mostra contempla uma série do artista surrealista para ilustrar a Bíblia Sagrada, publicada pela Rizzoli Edições, Milão (Itália) e editada por Giuseppe Albaretto. A exposição chega com toda a genialidade de Dalí em uma ampla variedade de imagens cristãs, baseadas nos mitos clássicos, além de textos e histórias que mostram o uso dos conceitos freudianos, inclusive sua interpretação da teoria da relatividade, que inclui a quarta dimensão – transcendendo o tempo e o espaço.
“Creio que sou um pintor bastante medíocre no que produzo. O que considero genial é minha visão”.
Dalí nasceu em 11 de maio de 1904, nove meses e dez dias depois da morte de seu irmão Salvador Galo. O pintor começou sua aprendizagem artística ilustrando os contos infantis de sua irmã, Ana María. Iniciou sua formação em desenho, pintura e gravura com seu mestre da Escola Municipal Juan Núñez. Se aperfeiçoou e realizou inúmeras gravuras e ilustrou, mediante técnicas de obra gráfica, o Quijote de Cervantes (Dom Quixote), La Vida es Sueño de Calderón, La Divina Comedia de Dante ou la Sagrada Biblia. A partir de 1922, durante seus estudos de Belas Artes, alojado na Residência de estudantes de Madrid, Dalí leu muitas das publicações de Freud, o que levou o pintor à uma dinâmica de autointerpretação que aplicou não só aos seus sonhos, mas também a qualquer acontecimento da vida. Escreveu sua autobiografia A vida secreta de Salvador Dalí (1942) e Diário de um Gênio (1964), revelando um emaranhado de acontecimentos baseados em feitos verdadeiros e outros fictícios. Desde então, se escreveram inúmeras biografias sobre Dalí, que tentam desvendar o personagem que Dalí criou e separando o homem da lenda.
Serviço: De terça a domingo, das 14h às 21h (acesso até às 20h30).
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